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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Clara iluminou o meu caminho - Texto da Ir. Elisamar

Como prometido, voltei com mais um post queridos irmãos. 
Na semana passada conversando com Frei Neuzimar, pedi que ele entrasse em contato com a Irmã Elisamar e pedir que se ela pudesse, gostaríamos de postar um texto dela sobre Santa Clara. 
A Irmã nos atendeu de prontidão e eu peço que leiam com muita atenção e muito carinho as palavras neste texto. 
Santa Clara foi a fiel companheira, a filha de Francisco. O lado feminino do carisma franciscano, a luz para o mundo. 
E o texto da Irã fala sobre deixar-se apaixonar por esse carisma, por essa luz de amor infinito, vale muito apena ler. 
Gostaria de já deixar registrado o meu MUITO OBRIGADO pela colaboração Irmã Elisamar, e volte sempre sempre que quiser. 


Vamos ao texto? 


CLARA ILUMINOU O MEU CAMINHO


“Será que esta vida é viver e morrer? Um dia por fim, eu parti, fui viver...”


Na música “Cantiga por irmã Clara” (Pe. Zezinho), esta é a resposta dada por ela quando questionada sobre o que a levou a “se esconder”, sendo uma jovem bonita, filha de nobre, de classe maior. Quando olhamos para essa frase, nos espantamos: - Espera aí, então não é só nascer, crescer, estudar, ficar rico, ter filhos, e morrer? Pra muita gente talvez seja somente isso, numa ordem inversa quem sabe. Mas... olhe pra isso, olhe pra sua vida, olhe pra Francisco e Clara... e verá que não é só isso, que a vida é bem mais!
            Quero pedir licença para falar de minha experiência: não desejo explicar como acontece o encontro; explicações nem sempre são respostas. Quero partilhar o que vivi, o que senti, o que se fez vida em mim, e quem sabe, permitir que essa experiência vá ao encontro de muitas buscas de quem a ler...
            Quando conheci Francisco, me encantei por seu jeito de seguir Jesus; primeiro encantei-me por seu jeito livre e paradoxal de ‘deixar tudo’ para ‘abraçar tudo’, vi que era uma decisão de quem havia encontrado um amor verdadeiro, mas que não era tão romântico como o sonhamos na adolescência, era exigente também... E quando, por meio de Francisco, encontrei-me com Clara, que alegria! Sentia arder em mim uma resposta, uma busca, um encantamento... Cada fato de sua vida, cada gesto, cada decisão, cada palavra iam alimentando um desejo de querer descobrir o que a sustentava em sua decisão, que tesouro era esse que ela encontrou e que a fizera “avançar no caminho da bem-aventurança”, com “passos ligeiros e pés seguros” (II CtIn 12-13), com muita ternura, e de um modo tão feminino.
            Quantas surpresas ao longo dessa busca, quanto encantamento. A cada encontro com sua espiritualidade, encontrava-me com Cristo, e este era muito concreto, era vivo na vida, era real, e possibilitava encontros concretos, apontando novas práticas, que não ficavam apenas no pensamento, mas possibilitava um jeito de agir diferente. Muitas vezes louvei a Deus por tão rica experiência, louvei pela vida da santa de Assis, da jovem mulher que abriu um caminho de encontro com o mestre (esposo, amigo, irmão), possível de ser trilhado por nós hoje, em outro século, outra realidade, fora de um mosteiro, tão rica fora sua experiência. Sabe aquele tesouro que fascinava minha busca porque tinha sede dele desde o começo? Pois é, ela me possibilitou encontrá-lo, possibilitou-me perceber que ele não estava fora, na aparência, nas expectativas, numa ‘receita’ que eu teria que aprender de alguém... Não! Ela me fez perceber que ele estava dentro de mim, guardado desde quando o Pai quis me criar à sua imagem, esperando que eu o reconhecesse e lhe permitisse vir para fora, revelar-se; esperando que eu descobrisse um jeito de encontrar-me com Ele, de ouvi-lo, de deixar-me transformar n’Ele...
            E esse é o caminho que ainda hoje trilho, belo, mas não pouco exigente... e o melhor de tudo é que a sede ainda não cessou, continua viva, permitindo que eu busque a fonte, o tesouro. E você, já percebeu sua sede? Perceba qual tesouro te fascina, identifique-o, descubra onde ele está, e deixe Santa Clara conduzi-lo no caminho de busca, não perdendo nunca de vista o ponto de partida! Lembre-se, ele está perto, talvez seja preciso apenas olhar, fazer a experiência de contemplação, e deixar-se transformar, “interior e exteriormente” (4 CtIn 16). Tente, vale a pena, ela te conduzirá!

Ir. Elisamar B. Salbego - CF

Mais uma vez Irmã, MUUUUUITÍSSIMO OBRIGADO pela colaboração e pelo lindo texto. Este nosso espacinho está aberto para você e para todas as nossas irmãs catequistas, frades, aspirantes, jovens... enfim, a todos os amigos de Francisco e Clara. Um grande beijão e um abraço super apertado, Lília Ferreira!

BÔNUS - Foto da Ir. Elisamar, foto da irmã dando formação no último encontro dos Jovens amigos de São Francisco e foto da irmã com os jovens participantes do projeto. 

Irmã Elisamar

Formação com os Jovens amigos de São Francisco - Sobre amizade

Minha BFF Thayná, eu, Nossa LIIINDA Ir. Elisamar, Meu namorado Tácito e minha BFF Nayara


E aí pessoal, gostaram do texto da Irmã?? Vamos deixar comentários, divulgar e movimentar o blog galera. 
Um beijão e um abraço bem mega apertado, até mais!! 


Lília Ferreira - Participante e Colaboradora do Projeto Jovens amigos de São Francisco
PAZ E BEM! 

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